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Foto do escritorSilvana Lance Anaya

TODO EXCESSO ESCONDE UMA FALTA



A frase "todo excesso esconde uma falta” não é uma regra absoluta e existem casos em que o excesso não está relacionado a uma carência ou falta. Comportamentos compulsivos são exemplos de excessos que podem não necessariamente esconder uma falta, mas podem estar relacionados a diferentes fatores, como ansiedade, obsessões, traumas passados ou disfunções neurológicas. Pessoas com transtornos compulsivos, como o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), por exemplo, podem ter comportamentos compulsivos repetitivos sem que haja uma falta emocional óbvia associada a essas ações. Esses comportamentos compulsivos podem ser desencadeados por diferentes motivos.


O excesso em alguma área da vida pode ser uma forma de disfarçar uma falta, uma carência ou um problema subjacente. O comportamento excessivo pode ser uma forma de preencher um vazio interior ou uma maneira de evitar lidar com problemas reais.

É importante salientar que o comportamento humano é complexo, e nem sempre podemos fazer generalizações simplistas para explicar o que motiva determinadas ações. Em vez disso, é fundamental considerar as circunstâncias individuais e a história pessoal de cada pessoa para entender melhor os motivos por trás de seus comportamentos e como lidar com eles de forma saudável. Cada pessoa e situação são únicas, e é fundamental compreender os motivos e causas por trás de comportamentos excessivos ou faltas, em que momento ocorreu e porquê e se é um comportamento repetitivo ou esporádico sem grandes consequências.


Alguns dos excessos mais comuns incluem excesso de comida ou compulsão alimentar, de trabalho, consumo de álcool ou drogas, compras, atividades sociais ou entretenimento, exercício físico, uso de tecnologia e redes sociais, sono ou isolamento, agressividade, sexo, distanciamento emocional, enfim, eles podem se configurar como sendo mecanismos de enfrentamento inadequados para lidar com questões emocionais subjacentes. Esses comportamentos podem até funcionar temporariamente, mas, a longo prazo, podem também causar mais danos.


Quando uma pessoa reconhece que está se envolvendo em um excesso prejudicial, é possível fazer mudanças conscientes e progressivas para substituir esse comportamento por outros menos prejudiciais, a fim de encontrar um equilíbrio mais saudável.


A psicoterapia psicanalítica busca explorar o inconsciente e entender como pensamentos, emoções e experiências podem influenciar o comportamento e portanto pode ajudar a pessoa a reconhecer e compreender a tensão envolvida que pode estar provocando o excesso prejudicial além de auxiliar na identificação de causas subjacentes, desenvolvimento de habilidades de enfrentamento, mudança de padrões de pensamento, suporte emocional, estabelecimento de metas realistas, prevenção de recaídas e autoconhecimento, criando assim uma compreensão mais profunda de si mesmo, ajudando a desenvolver maneiras de lidar com as tensões e excessos de forma mais favorável e equilibrada.


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