O Grande Dilúvio é uma pintura de 1826 do dilúvio de Noé por Joseph-Désiré Court que hoje se encontra no Museu de Belas Artes de Lyon . A pintura ilustra o dilúvio bíblico que destruiu a humanidade na Terra. Na história bíblica, Noé e sua família sobrevivem. A pintura é vista como uma alegoria de um homem apegado ao seu passado. Nela um homem tenta salvar seu pai, que representa o passado, em vez de salvar seu próprio filho, que representa o futuro, ou sua esposa, que representa o presente. (wikipedia)
Ao olharmos para a nossa própria vida, podemos nos surpreender com a semelhança em algumas situações quando o apego ao passado permite que nos descuidemos do presente (que é tudo o que temos) e consequentemente do futuro.
Em outra leitura, a iluminação no rosto da mulher e da criança feita pelo artista (pontos fundamentais no romantismo) demonstra a importância delas, dando supostas pistas de que a mulher e da criança não serão negligenciadas. A situação sugere que estas estão em menor vulnerabilidade já que a mulher está agarrada ao tronco fixo e segura a criança enquanto o idoso na sua fragilidade está quase a sucumbir necessitando ser salvo primeiro. A pintura demonstra a ligação do homem com a representação do passado.
Muitas vezes vamos estar diante de situações que vão exigir de nós decisões que impactam nossa vida. Precisamos priorizar o que requer nossa atenção no presente que é onde a vida acontece. Não podemos viver apegados ao passado, mas também não dá para descartá-lo já que faz parte de quem somos, podemos sim elaborar e ressignificar nossa história através do autoconhecimento. Desenvolver o amor-próprio é não permitir a autonegligência, é ampliar a nossa visão para aprendermos a analisar e priorizar ações a nosso favor sem que isto seja visto como egoísmo, afinal como na pintura, precisamos estar bem para poder auxiliar quem precisa de nós e as vezes até a difícil decisão de deixar algo partir...
Vida é aprendizagem e quanto mais refletirmos sobre nossa história e acontecimentos ao redor, mais atentos estaremos para tomar decisões acertadas, pois estas vão impactar nosso presente e futuro. Quando resgatamos nosso passado, resgatamos quem somos, a nossa história e as lições que não devem ser esquecidas.
“O instante é a continuidade do tempo, pois une o tempo passado ao tempo futuro.” (Aristóteles)
@lanceanayapsic
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