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EM BUSCA DA VERDADE?

Nós seres humanos vivemos em constante busca pela verdade, mas são tantas perguntas, respostas, caminhos. Afinal em qual deles a verdade se encontra? 

Muitos anunciam ter encontrado a verdade absoluta, no entanto, outros não se convencem da mesma; e se nos convencemos a respeito de uma versão, logo alguém vem e nos diz que não é bem assim e tenta nos impor a sua magnífica descoberta. Por outro lado, nós também queremos que outros vejam a mesma verdade que enxergamos com tanta clareza.

 

Alguns, permanecem na verdade encontrada e satisfeitos fazem dela sua bandeira de vida e princípios, outros continuam sua busca por sempre discordar de algum ponto, pois a medida em que o conhecimento e entendimento crescem, a visão se expande trazendo a compreensão de um novo ângulo. Novas questões surgem. 

Afinal, pode a verdade de alguém deixar de ser abstrata e se tornar uma verdade coletiva ou que observada por ângulos diferentes se dividir em várias versões?
Verdades mutantes? Mascaradas? Completas? Meias verdades reunidas podem se tornar uma só verdade? Existe a verdade de cada um ou será que vamos optar permanecer como surdos e cegos, ilhados em nossa vaidosa presunção de donos absolutos de uma única verdade?

 

Quem profere um discurso, sabe que deste, muitos outros serão gerados, pois a percepção da platéia difere, e dali sairão muitas verdades concluídas individualmente. É a subjetividade na absorção do entendimento. Parece que a verdade se apresenta com suas mais variadas facetas nos deixando atordoados em nossas indagações.

 

A verdade, é que toda verdade contém seus encantos. Podemos sim conhecer as mais variadas interpretações, não com a presunção de julgá-las, escarnecer ou modificá-las a nosso bel prazer e exaltação, mas apenas para analisar e quem sabe fazer dela um parâmetro para nossas vidas. Verdade é simplicidade e autenticidade que sobrevive e se prova por si só.

Uma verdade incontestável, é que à custa de muitas “verdades” a humanidade vem praticando atrocidades em prol de um único ângulo, de uma visão intolerante e opressora.
Na história, temos muitos exemplos de verdades mascaradas para consecução de objetivos nem sempre louváveis, e muitas destas, impostas à custa de ameaças e muitas vidas; outras, seguidas por alguns ou por multidões vistas como cegas pelo resto do mundo. Verdades bitoladas. Fanáticas. Intolerantes. Convenientes ao egoísmo e a vaidade que vive do enaltecimento.
Podemos sim descobrir uma verdade e apresentá-la ao mundo, mas isto não significa impô-la de forma autoritária e arrogante.

 

É preciso modéstia para aceitar a nossa verdade sem menosprezar a do outro, e cabe aí também uma boa dose de cautela e discernimento, pois nesta carência da verdade, muitos se aventuram em verdades alheias que nem mesmo compreendem, correndo o risco de aceitarem versões duvidosas em belos invólucros pertencentes a um mundo de mentiras.

Certamente é preciso responsabilidade quando alguém tenta disseminar uma suposta verdade sem muito conhecimento, pois “...cego guiando outro cego, ambos cairão no buraco”! (Matheus 15:14)

 

Há até quem finja aceitar uma verdade, para depois tentar comprimi-la no molde minúsculo da sua própria verdade limitada e relativa, e ao falhar em seu intento, desdenha como uma espécie de vingança! Seja qual for a nossa verdade, esta não pode conter fanatismo pois este nos torna preconceituoso e prejudica nossa escuta quanto a outras que não podem ser simplesmente sobrepujadas.

 

Não raro, ficamos confusos no turbilhão de pensamentos originados ao ouvir as mais diversas interpretações, então, o silêncio e a quietude se tornam necessárias para olharmos para dentro de nós mesmos, ajustar nossos pensamentos e ouvirmos a verdade que está acolhida em nosso próprio ser, num caminho que apenas nós mesmos podemos percorrer e compreender com nosso próprio entendimento.

 

A busca do autoconhecimento consiste em fazer com que a pessoa realize uma viagem para dentro de si mesma e nesta análise, torna-se mais bem preparada para aceitar-se e encontrar a sua própria verdade com mais discernimento. Esta busca é importante, porque se não sabemos quem somos, podemos também não saber diferenciar propósitos e intenções de discursos, nos deixando levar por não sabermos para onde ir.

Devemos sempre lembrar que, por mais que saibamos, a verdade é que pouco sabemos, e por isto mesmo não podemos simplesmente refutar outras versões sem ao menos tentar compreendê-las embora nos pareçam estranha; este entendimento exige humildade, pois é preciso conservar a mente aberta para que não julguemos irracional tudo aquilo que não se ajusta dentro dos estreitos limites da nossa racionalidade.

PARA RECONHECER UMA SUPOSTA “VERDADE” COMO VERDADE SEGURA, BASTA OBSERVAR SUA COEXISTÊNCIA COM A HUMILDADE, A TOLERÂNCIA, O AMOR E O RESPEITO A SI MESMO E AO OUTRO.

AUTORIA: SILVANA LANCE ANAYA - Psicanalista e Psicoterapeuta Psicodramatista, Pós-graduada em Teoria Psicanalítica, Pós-graduada em Psicologia, Nutrição e Transtornos Alimentares -MBA em Coaching - Bacharel em Administração de Empresas - Jornalista (Mtb 75200/SP)

Direitos autorais: permitida a reprodução do texto ou parte dele desde que citada a autoria.

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